quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Só de coisas boas eu vivo





Pretendes me entristecer
Não disponha de tantos esforços
Achas que pode te enaltecer
Mas só encontrarás destroços


Talvez não exista esta determinada razão
E estejas praticando teu simples ato de existir
Pequeno, pouco evoluído, como um recém-nascido
Chorando e quebrando tudo o que vê por um pouco de atenção


Ainda assim não me atinges, somente a ti
Pois em mim 
Há uma linda, seletiva, enorme bolha de causar vertigens
Apenas o que a ultrapassa
Pode, para mim, existir


O que não,
É apenas tua ilusão
Inexistente no meu mundo interior
(e no teu, exterior)
Então cultiva, acaricia, goza e se esbalda 
Com o teu - único e exclusivamente teu - rancor.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

nostálgico


De repente já não lembro o que me movia
Recordo quem fui, mas não como fazia
Evito enaltecer o passado, futuro ou presente
Sei apenas o que me tornei e aonde quero chegar
Reconheço meus erros, inclusive os persistentes

Sinto falta de ser o que já não sou,
Mas sou o que eu queria ser
Quando ainda não era
O que a vida me transformou.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

meu sol de hoje



Dizem alguns ser complexa a vida
Outros defendem a simplicidade dela

Não sei qual vertente seguir
Tudo depende do sol desta manhã
Do dia que estar a emergir

A inexatidão é a chave para a resposta exata:
Varia como o humor dos meus poemas
Vezes com traços rebuscados, complexos
Outras, de forma quase jogada, boêmia

Ambos tão voláteis,  inconfiáveis
Ora tão difícil, quase insuportável
Ao ponto de causar a desistência
E alguns perderem até a decência

Outrora instantaneamente se transforma
Pra algo doce, que flui facilmente
A música desconhecida que de repente se canta
E encanta

E faz descobrir que o melhor é viver
Não é algo com que valha se comprometer

Basta esperar o sol de cada manhã
Pra escolher um lado, e defender
Já que tudo pode mudar no próximo amanhecer.


Nota: Já estava com saudades daqui! =)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

objetivo para 2011.






O que esperar de tamanha transição
Ainda que ilusória
Vez que os dias são iguais
Apenas o calendário que cria tal ilusão


Nada muda, os dias são os mesmos,
Se as velhas atitudes permanecem,
Os desejos não saem no plano irreal,
Serão apenas números que acrescem


Mas já que a passagem interfere
Que tal torná-la real?
A mudança até acontece
Mas somente agindo para tal


Os desejos já foram feitos, afinal
É tempo de pô-los em ação
Antes que o ano chegue ao final
E os desejos apenas se repetirão.