quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Só de coisas boas eu vivo





Pretendes me entristecer
Não disponha de tantos esforços
Achas que pode te enaltecer
Mas só encontrarás destroços


Talvez não exista esta determinada razão
E estejas praticando teu simples ato de existir
Pequeno, pouco evoluído, como um recém-nascido
Chorando e quebrando tudo o que vê por um pouco de atenção


Ainda assim não me atinges, somente a ti
Pois em mim 
Há uma linda, seletiva, enorme bolha de causar vertigens
Apenas o que a ultrapassa
Pode, para mim, existir


O que não,
É apenas tua ilusão
Inexistente no meu mundo interior
(e no teu, exterior)
Então cultiva, acaricia, goza e se esbalda 
Com o teu - único e exclusivamente teu - rancor.

7 comentários:

  1. OOpa! Sinto cheiro de "raiva" transformada em "determinação". Belo Poema!

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  2. rs.., moça vc nao eh metodicamente transitoria, vc. é misteriosamente transitória.

    gostei do poema , este rancor só faltava falar e dizer que existe.

    http://www.pequenosdeleites.blogspot.com/

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Oie, obligadu pelo recadiho lá no nosso blog viu... Te seguindo!!!
    Bj - Entre Amigas

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  5. Gostei muito, muito, do tratamento visual do seu blog.
    Obrigado pelo comentário sobre meu retrato.
    Você disse precisamente o que sinto.
    Minha vida não é apenas dor; Afinal, há momentos bons como aqueles nos quais experimento a presença das suas palavras.

    Admiração, profunda...

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  6. Uma pequena viagem por alguns sentimentos bem primordiais.

    Mto bom!

    Bejo!

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