domingo, 1 de julho de 2012

Tão bom morrer de amor...

...e continuar vivendo.
(Mário Quintana)


Não quero um amor morno, aquele constante. A segurança é bom para alguns, mas não me atrai. Não quero os dias passando e você ao lado por costume ou comodidade. Quero sentir cada dia com o calor da sua presença ardendo, queimando.
Quero ficar tonta ao te ver, perder um dia inteiro por não conseguir desviar o pensamento de nós dois. Quero repassar mentalmente nossos momentos juntos e quase sentir o coração doer de tanta felicidade, sem falar da saudade. Falando sobre pensamento, quero que o invada sem pedir, principalmente quando não convir. Quero repassar uma conversa dez vezes na cabeça e fazer tudo errado ao falar cara a cara, gaguejar e não querer saber de nada, além de te admirar. 
Quero ser tua agonia, o medo e a insegurança. Quero explodir de tanto amor. Achar que o mundo vai acabar quando você me deixar. Depois me recupero e acho que não quero você de volta, até  o dia que você volta e eu descubro que, na verdade, nunca foi.
Quero correr o risco de não me importar com nada, além de você. Quero me iludir, achando que você é tudo o que vale a pena e esquecer se em algum momento já existiu vida sem você. Quero ser teu problema, ser dúvida. Ser, também, a certeza e o único remédio pra tudo. Quero ser o limite do amor, que chega perto do ódio, da raiva por querer tanto, por amar tanto. Quero morrer de amor, pra continuarmos vivendo.