domingo, 26 de dezembro de 2010

E então é Natal..





Dizem "vamos amar, ajudar, perdoar,
É tempo de reciclar a vida",
É hoje, chegou o Natal


E, então, vão beber, comemorar,
Rever os amigos com toda família reunida,
Viver o espírito deste Natal


Aos vinte e seis voltam todos ao normal,
As desavenças e o orgulho retomam ao seu ser
Mas mantém o vinte e cinco tradicional


O número talvez interfira
A ceia e o amigo secreto são o essencial
Não sabem nem a quem agradecer


Não lembram exatamente a razão do ser
Talvez alguém nasceu e foi especial
Ou assim os mandaram crer


É um velho gordo,
Junto da neve e seu gorro
Cheio de presente
Pelo menos alegra toda a gente


Tudo bem, se não houve neve
Fez, na verdade, 36º
Mas acreditam, relevam,
("é ele, o São Nicolaus")


Seja espiritual ou comercial,
Não se importam com o por quê,
Apenas em "ser" Natal


Seria melhor ser natural
Comemorar o nascimento do filho de Deus
(para os seus)
Ou somente ignorar,
Já que hipocrisia é tão artificial.







Nota1: Post atrasado, eu sei.
Nota2: Talvez tenha ficado um pouco cético demais - e não que esse seja o meu ponto de vista (espero que a última estrofe tenha deixado isso claro), só espero que a crítica se sobreponha.
Nota3: Desculpem se ficou algo muito grande, as ideias foram surgindo. 

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

ninguém é de ninguém



Ama-se pelo conforto
pelo carinho constante
E o apoio nunca hesitante


Não se ama pela prisão
Pela solidão forçada ou ostentação
Do outro ser apenas seu
                          (e de mais ninguém)






Nota: inicialmente idealizei um formato diferente do resultado final, o que me deixou pouco satisfeita.
Nota2:  inspirado no livro Ninguém é de Ninguém (de Zíbia  Gasparetto) e por reflexões próprias, claro.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

just it.



Aguenta firme ao meu lado
Suporta as desavenças sem causas
A angústia repentina
A TPM que durou todo o mês


É que assim fica combinado
Pois meu amor não tem pausas
Minha sede de você nunca termina
E por você suportaria a invalidez


Eu sou capaz de te querer afastado
Mas basta um instante e tudo vira valsas
A verdade é que sempre serei sua menina
E nos teus braços recupero a sensatez


Prefiro não deixar abafado
Que minhas juras não são falsas
Eu sou a sua sina
E entre nós não há talvez.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

my own


Teu reflexo na janela é doce
E inspira as poesias de quem o vê
Não conhecem o que há por dentro
Nem do teu sofrer sabem o por quê


Liberta-te desta doçura aparente
E traça o caminho que te convém
Incerto, desconhecido, mas presente
É teu eterno devaneio no qual te afogas
                                        [e levas contigo outrem]


Liberta-te desta armadura que te consome
Aparências levianas, ilusórias para mentes insanas
E deixa descoberto o interior, o que não some
O teu jeito próprio de sorrir, carregado de  esperança
(designado a construir algo além destas mundanas).

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

incerto amanhã


Amanhã
de manhã
acordar
e não saber
o que vai ser
nem ver,
apenas 
desconhecer
o ser
o próprio
ser
sem saber.
Tranquiliza
saber
que amanhã
a manhã
pode não ser
ou até ser
talvez
da mesma forma
ou de diferente
forma.
A alegria
angústia
saudade
triste
solidão
que parte
pode partir
amanhã
ou continuar
pela manhã,
mas basta
não saber
se vai ser
ou não ser
pro meu ser
não se entristecer.